terça-feira, 5 de outubro de 2010

2010
Curso de Fotografia Digital Básico
Franz Tagore
Photographer
10/9/2010
Apostila do curso de fotografia digital básico – Rio Branco - Acre - Brasil
© 2010 Franz Tagore
Índice
O QUE É EXPOSIÇÃO?
Como expor corretamente?
Superexposição;
Subexposição;
O QUE É ABERTURA DO DIAFRAGMA?
E como eu configuro a abertura?
Lentes e abertura;
A abertura e suas conseqüências;
O QUE É VELOCIDADE DO OBTURADOR?
A velocidade e suas consequências;
Congelamento;
Movimento;
O QUE É ISO OU ASA?
O ISO e suas consequências;
O QUE É BALANÇO DE BRANCO?
Temperatura de cor;
FOCO E PROFUNDIDADE DE CAMPO
Foco;
Profundidade de campo;
Fatores que influenciam a profundidade de campo;
Distância focal;
DISTÂNCIA FOCAL
Photographer | Brazil
Apostila do curso de fotografia digital básico – Rio Branco - Acre - Brasil
© 2010 Franz Tagore
O que é exposição?
Exposição se refere à quantidade de luz usada para formar uma fotografia.
‘Conseguimos ver tudo no mundo porque tudo reflete luz’* - graças a esta descoberta
a fotografia passou a existir.
Toda vez que vamos fotografar certa quantidade de luz, de acordo com a que tem lá
fora, passa pela lente e chega ao sensor. Cada pedacinho(pixel) de luz tem uma
informação: é a luz refletida dos objetos que está indo até nosso olho e, também,
até a nossa câmera.
Para nossa câmera criar as imagens estáticas que chamamos de “fotografia” certa
quantidade de luz deve passar pelas lentes por um rápido período de tempo para
que possamos reproduzir o momento.
Essa luz não pode ser demais, ou nossa foto ficará superexposta(muito clara). E
nem pode ser de menos ou nossa foto ficará subexposta(muito escura).
(imagem normal) (imagem superexposta) (Imagem subexposta)
Quem já conhece bem sobre exposição às vezes usa isso ao seu favor criando
efeitos interessantes. Mas a principio buscamos fotos com exposição
balanceada(próximo do que os nossos olhos vêem).
A exposição é baseada em três fatores: abertura do diafragma + velocidade do
obturador + ISO. Esses três fatores serão explicados mais adiante. São eles que
controlam a luz que será transformada em imagem.
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Como expor corretamente?
As câmaras possuem mecanismos para nos dizer quando a exposição está correta.
Nem sempre a câmara está correta, mas com a experiência podemos nos basear no
que ela nos diz para expor exatamente do jeito que queremos as diferentes
situações.
Ao olhar no visor da câmara conseguimos ver uma régua de exposição. Ela nos
mostra como está a exposição da nossa imagem com a quantidade de luz que está
entrando pelas lentes!
Como essa régua funciona ou se parece depende um pouquinho da sua câmera,
mas basicamente ela é assim:
Este pequeno retângulo embaixo mostra a exposição atual da sua imagem. Se ele
estiver bem no meio da régua é porque a sua câmera considera que a cena está
bem exposta. Neste caso pode obter a foto, pois a quantidade exata de luz vai
entrar para que se crie uma imagem bem exposta. Se o retângulo estiver mais para
a esquerda sua cena está subexposta e se estiver mais para a direita está
superexposta.
Subexposição:
Uma foto está subexposta quando uma quantidade insuficiente de luz entrou
câmera pelas lentes. Quando isso acontece vários pontos da imagem ficam pretos:
sem informação nenhuma de cor ou luminosidade.
Superexposição:
Uma foto está superexposta quando muita luz entrou na câmera. Quando isso
acontece vários pontos da imagem ficam “estourados”: brancos e sem informação
nenhuma de cor ou luminosidade.
*Obs.: as formas como cada coisa reflete a luz diferem entre si, por isso conseguimos ver os diferentes
objetos e cores. Nosso olho e a câmera trabalham de forma parecida – absorvendo o espectro de cores
e luminosidade de tudo que está a nossa volta. A cor preta, por exemplo, absorve toda a luz, enquanto
a branca reflete toda a luz.
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2. O que é abertura do diafragma
O diafragma é um olhinho que abre na hora de tirarmos a foto para que a luz
passe. Controlamos a abertura desse olhinho para expor corretamente.
A primeira configuração que vamos ver para o controle da quantidade de luz que
entra na nossa câmera(exposição) é a abertura do diafragma.
O diafragma fica na sua lente e se parece com isso:
É simples: quanto maior for a abertura que você configurar mais luz entrará pela
lente. Quanto menor for este valor, menos luz entrará.
Quando você está numa situação de baixa luminosidade a tendência é usar uma
abertura maior, para que o máximo de luz possa entrar, e vice e versa.
E como eu configuro a abertura?
A abertura do diafragma é medida em um valor “f”. Quanto menor esse valor mais
aberto está o diafragma. Cada Valor de “f” tem o dobro de área do próximo valor.
Lentes e abertura
Lembre-se: cada lente tem seu diafragma e um limite de abertura. Algumas lentes
conseguem um valor de f1.4 (bem aberta!) até f22 e outras conseguem um valor de
f5.6 até f16. Pense nisso na hora de comprar suas lentes: dependendo do tipo de
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fotografia que você pretende fazer é importante ter uma lente que tenha uma
abertura bem ampla para que entre mais luz.
A abertura e suas conseqüências
O uso de diferentes aberturas não só controla a passagem de luz como tem como
consequência alguns fatores como menor profundidade de campo e aberrações,
dependendo da lente. O principal fator criativo que devemos observar é a
profundidade de campo.
Nas próximas lições você aprenderá mais sobre a profundidade de campo, mas a
princípio já vai lembrando: quando você usa uma abertura maior (valor “f” mais
baixo) a profundidade de campo diminui, quando você usa uma abertura menor
(valor “f” mais alto) a profundidade de campo aumenta.
Veja o exemplo em fotos:
Se você usa uma abertura menor e a profundidade de campo aumenta.
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3. O que é velocidade do obturador?
A velocidade é a quantidade de tempo que o diafragma ficará aberto expondo
o sensor. Quando mais tempo, mais luz entra.
Viu só como a parte técnica da fotografia é fácil? A velocidade é super simples de
entender: quando mais tempo você deixar o diafragma aberto mais luz vai entrar e
expor o sensor. Se você deixa menos tempo, menos luz entra.
Como a velocidade de exposição normalmente está em frações de segundo a
maioria das câmeras mostra somente a parte de baixo da fração.
Ou seja: se estou deixando meu sensor ser exposto à luz durante 1/100s a minha
câmera vai mostrar “100”. Quando passamos a lidar com exposições mais longas,
de 1 segundo ou mais, a câmera mostra 1’, 2’, 3’ e assim por diante.
A velocidade e suas consequências:
Assim como a abertura, a velocidade controla a quantidade de luz que chega ao
sensor – sempre com consequências que usamos de forma criativa. Algumas delas
são:
Congelamento
Quando usamos uma velocidade alta conseguimos captar objetos que estão se
movimentando como se estivessem parados.
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Movimento
Quando usamos uma velocidade baixa tudo que está em movimento começa a ficar
embaçado. Assim conseguimos ter essa impressão de movimento da cena.
Com uma velocidade baixa temos um efeito de movimento
4. O que é ISO ou ASA
ISO é a sensibilidade do sensor. Quanto maior o valor mais sensível é. E
quanto mais sensível mais luz é absorvida.
O último fator que controla a luz de cada exposição é a sensibilidade chamada de
“ISO”. Você também vai escutar alguns chamarem de “ASA”, embora seja uma
nomenclatura mais abandonada.
Quanto maior o valor ISO mais sensível será o sensor. No geral, quando temos uma
situação de bastante luz deixamos o valor ISO mais baixo para que a foto não fique
superexposta. Quando temos pouca luz deixamos o valor de ISO mais alto para que
a foto não fique subexposta.
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Os valores de ISO variam muito de câmera para câmera. Você vai encontrar valores
de 80 a 3200 e muitos outros além (também chamados de “alta sensibilidade”).
O ISO e suas consequências
Mais uma vez a mudança desses valores não afeta somente a exposição: no caso do
ISO quanto maior o valor de sensibilidade mais ruído será encontrado no resultado
final.
O ruído é uma aberração que deixa a imagem com “pontilhados” de iluminação e
cores – deixando a imagem menos nítida.
Veja exemplos abaixo:
ISO 200 - Imagem limpa e nítida
ISO 3200 - Podemos notar na imagem manchas de iluminação e cores, o famoso ruído.
Principalmente na cor preta.
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5. O que é Balanço de Branco
O Balanço de Branco faz com que as cores da nossa foto sejam iguais às cores
da realidade, dependendo da luz que está iluminando nossa cena.
Lembra que no começo contei que a luz bate em tudo que está por aí e reflete nos
nossos olhos e na câmera? Então: o balanço de branco existe porque existem vários
tipos de luz por aí. E dependendo da luz que bate na nossa cena as cores podem ficar
diferentes. Isso acontece porque cada tipo de luz tem uma temperatura de cor.
Ok! Vamos por partes: às vezes fotografamos com a luz do sol. Às vezes fotografamos
com uma luz artificial como o flash ou uma lâmpada. Nosso olho é muito esperto então
conseguimos ver as cores corretamente em qualquer situação, mas as câmeras nem
sempre são tão espertas então precisamos contar para ela qual luz estamos usando
para que ela a interprete da forma correta. Assim o vermelho vai continuar vermelho e
o azul vai continuar azul e – como é de se imaginar – o branco continuará branco.
Temperatura de cor
A diferença entre uma luz e outra é a temperatura de cor – medida normalmente em
Kelvins. Todo mundo já tirou uma foto iluminada por lâmpada que ficou amarelada.
Isso acontece porque a câmera não estava preparada para a temperatura de cor dessa
luz.
Procure no seu manual a forma de mudar o Balanço de Branco na sua câmera:
normalmente você encontra todas as opções que você precisa: luz do sol, sombra,
tungstênio (aquela lâmpada antiga que gasta mais energia), lâmpada fria, tempo
nublado, luz de flash, entre outros.
Também é possível medir manualmente a temperatura de cor. Mas primeiro use os
ajustes automáticos para depois procurar fazer isto.
Com o balanço de branco deixamos a imagem com as cores reais, como a do meio.
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6. Foco e profundidade de campo
Esses dois itens definem a nitidez da nossa imagem – onde fica essa nitidez
(foco)? Quantas partes da foto ficarão nítidas (profundidade de campo)?
Foco
Todo mundo conhece o foco. Quando tiramos uma foto queremos que nosso
destaque, no geral, esteja nítido e visível. O foco pode ser manual ou automático.
Manualmente você gira o anel da sua lente. Nas lentes automáticas você pressiona
o botão do obturador somente um pouco (meio-toque) e a câmera irá fazer o foco
automaticamente.
Profundidade de campo
A profundidade de campo define o quanto os objetos “próximos” do objeto que
você decidiu ser o foco estarão focados também.
Vamos passar a chamá-la de “DOF”, pois é mais curto. DOF vem de “Depth of
field”, Profundidade de Campo em inglês.
Quando o DOF é maior quer dizer que tanto os objetos à frente do escolhido como
ponto focal quanto os que estão atrás também ficarão com um bom foco.
Quando o DOF é menor os objetos à frente e atrás do objeto escolhido como ponto
focal ficarão sem foco antes.
Observe a comparação para entender melhor:
Neste caso somente a flor e a pedra sob ela estão em foco. A profundidade de campo é menor e
os objetos em volta estão desfocados.
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Quando a profundidade de campo é maior os objetos em volta continuam nítidos (mas nunca
tão nítidos quanto o ponto principal de foco)
Fatores que influenciam a profundidade de campo
Abertura: Quanto maior a abertura, menor o DOF – e vice e versa.
Proximidade com o objeto: Quanto mais próximo do objeto você estiver, menor o
DOF – e vice e versa.
Distância focal: Quanto maior a distância focal (“zoom”), menor o DOF – e vice e
versa. Falaremos mais sobre Distância Focal na próxima lição.
Veja alguns exemplos de uso do DOF:
Toda a paisagem está em foco, desde o céu até o chão, graças a uma abertura de f22 e uma
distância focal de 18mm
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Fundo desfocado graças à utilização de uma abertura f1.8
7. Distância Focal
Você deve conhecer como “zoom”. A distância focal define o campo de visão
de uma lente.
A distância focal é medida em mm (milímetros) e define o quanto você consegue
ver a partir de uma lente. Quando maior o valor, mais “fechado” será o ângulo de
visão de uma lente. Quando esse valor é menor, mais “aberto” será o ângulo de
visão de uma lente.
Por tanto, para se fazer fotos de retratos num casamento ou numa festa de
aniversário, por exemplo, usaremos uma objetiva com valor menor, sendo seu
ângulo mais aberto. A 35 mm é bastante usada nessas situações donde o motivo se
encontro próximo do fotógrafo.
As objetivas variam de 10 mm a mais de 500 mm. Para se fazer fotografias de
pássaros, por exemplo, são recomendadas objetivas acima de 300 mm e o uso de
um tripé para evitar perda com vibrações e tremores causados pelo vento e por
nossos movimentos.
Veja abaixo exemplos para entender melhor. Nestes exemplos o fotógrafo
está sempre na mesma distância do assunto fotografado, a única coisa que
muda é a lente!
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Apostila do curso de fotografia digital básico – Rio Branco - Acre - Brasil
© 2010 Franz Tagore
..Fotos e ilustrações da apostila: Franz Tagore
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sexta-feira, 17 de setembro de 2010


Salada de luz com fotografia
100 COISAS QUE APRENDI DESDE QUE COMECEI A FOTOGRAFAR por Franz Tagore

1.Aprendi que a luz e o fotógrafo são parceiros;
2.Que a luz vinda do lado deixa retratos mais interessantes;
3.E que retratos em preto e branco são distintos;
4.Que fotografia em preto e branco não pode ser somente em vermelho e azul;
5.Que linhas verticais ao fundo de retratos é uma boa composição;
6.E que retratos podem ser apenas metade do rosto fotografado;
7.Que olhos bem abertos e fixos num ponto dão poesia à figura;
8.Que roupas tanto encobrem como mostram a beleza de um corpo;
9.Que o feio ora é feio mesmo, mas que ora é belo;
10.Que para uma boa foto há vários pontos de vista;
11.E que o melhor anglo nunca é o primeiro;
12.Aprendi que pássaros não são pedras paradas;
13.E que nem todo animal é fotogênico;
14.Mas, que as cabras, por exemplo, sabem pousar para “Book”;
15.Que paredes antigas são acortinadas naturais para os modelos;
16.Que modelos inteligentes e simpáticos ajudam em 50% na qualidade e beleza da obra;
17.Que o azul, o amarelo e o vermelho são as tonalidades que devemos encontrar para fotos em cores;
18.Que flores podem ser bonitas fotografadas em preto e branco;
19.E que fotografar flores também é muito importante para início de carreira;
20.Que a fotografia transforma a vida tanto do fotógrafo quanto do fotografado;
21.Aprendi que a melhor fotografia está no maior tempo de espera, e que sempre está pronta quando nós não estamos;
22.Que posso ganhar dinheiro fotografando e muito mais vendendo as minhas fotos;
23.Que posso fazer uma foto de 360 graus com ajuda da "gimp";
24.Que numa viagem pode-se juntar o lazer aos negócios;
25.Que um fotógrafo tem de saber um pouco de inglês, e no mínimo conhecer bem a língua materna;
26.Melhorei o meu português em 100%, e com ele faço o rodapé das minhas imagens;
27.Aprendi a usar alguns programas de edição de fotografia, mas não uso se não for preciso;
28.No “Flickr” fiz muitos amigos virtuais e bons amigos pessoais;
29.No “Olhares” só postei as primores;
30.Fiz minhas primeiras imagens com uma LDRS sem consultar nenhum manual;
31.Aprendi que antes de ter uma Nikon D60 é preciso possuir uma Kodak compacta(ou outra compacta);
32.Que uma boa objetiva no momento certo faz a diferença;
33.Que a qualidade de minhas imagens depende muito de mim mesmo;
34.Aprendi a viajar sem sair de casa folheando os livros de fotografia;
35.Conheci mulheres costurando pedaços de luz, e remendando o céu azul com retalhos em cores;
36.Que poeira e equipamento devem ficar longe um do outro;
37.Que todo fotógrafo é poeta, mas que nem todo poeta é fotógrafo;
38.Aprendi que “e-books” são os livros dos novos tempos, mas que a forma de publicação tradicional é a mais satisfatória;
39.Aprendi que o foco no lugar certo é como atingir o ponto “G” do sexo feminino;
40.Que fotografia é ferramenta de transformação social;
41.Que jovens transformam-se através da fotografia;
42.Que fotografar é ver o mundo com outros olhos;
43.Também sei que fotografia é luxo, mas já vi muitas fotos boas no lixo;
44.E que fotografar com filmes é só para quem pode mesmo, por isso não faço;
45.Que entre a analogia das analógicas e das digitais eu prefiro as das digitais;
46.Que respeito é bom e todo fotógrafo gosta;
47.Aprendi que fazer fotografia acima de 4000 metros de altitude faz bem para o coração, com exceção dos cardíacos, asmáticos, entre outros;
48. Aprendi a pescar reflexos n’água, e nadar nas nuvens de verão;
49.Que as texturas de cestos, de cerâmicas, de tijolos, de árvores são molduras para faces de modelos femininos;
50.Aprendi que dias de chuva são bons para fotografia: em interior de museus, de óperas, de galerias...;
51.Que dias de sol tanto faz bem para o humor das pessoas quanto para o das obras;
52.Que música e fotografia casam bem, principalmente num vernissage;
53.Que um bom fotógrafo não ficar o tempo todo dentro de casa;
54.Que não há hora certa para uma boa foto, as boas fotos estão nas horas impróprias;
55.Que cartões postais pode ser um bom começo para comercializar fotografias;
56.Que todo fotógrafo deve enviar cartões postais para seus colegas;
57.Que mulheres e homens podem namorar em olhares enquanto trabalham fotografando, e depois com beijos na boca enquanto descansam;
58.Que o sorriso de uma criança é branco indispensável numa P&B;
59.Que fotos em preto e branco vendem mais, principalmente na Europa;
60.Que Pierre Verger foi fotógrafo dum Afro Brasil e que Sebastião Salgado é denunciador das injustiças sociais;
61.Que fotos de futebol nos campos de pelada são mais alegres que nos grandes estádios gramados;
62.Que no Rio de Janeiro não só existe somente praia e carnaval;
63.Que feiras e mercados lembram ruas da Índia;
64.Que boa parte da globalização fotográfica é feita no Flickr;
65.Que fotógrafo não é nem capitalista nem socialista, é artista;
66.Aprendi que para aprender e preciso andar e conversar com quem sabe;
67.Que quem sabe não fala muito ensina fazendo, e quem não sabe fala muito e mostra quase nada;
68.Que o “Dof” é importante para macros e retratos, pois;
69.Que a correia da câmera foi feita para ser pendurar no pescoço;
70.Que o manual deve ser lido muitas vezes, e praticado;
71.Que o filtro não é tão caro e protege bem uma objetiva;
72.Aprendi que as pessoas ficam escoradas nas janelas esperando um fotógrafo passar;
73.Que nu artístico pode dar início a uma “amizade”, ou não;
74.Entendi que um HD externo precisa de sérios cuidados depois que perdi mais de 8.000 mil fotografias de 6 países;
75.Que fotos noturnas sem tripé são expressionismos ou abstratos;
76.Que 20 de abertura e 1600 de iso em “S” são boa combinação para fotografar exteriores sem Flesch;
77.Que um bom Flesch faz uma boa imagem noturna;
78.Que deslocar a mochila de equipamentos requer cuidados semelhantes à de carregar uma granada;
79.Aprendi que dois cartões de 4 GB são melhores que um de 8 GB;
80.Que um bom computador ajuda na peleja dum fotógrafo;
81.Que de passagem todo mundo pode ser fotógrafo, mas que nem todos podem ser de fato;
82.Que jornais sem fotografia são livros em “Brail”;
83.Que a internet é a inércia dos inertes, mas que também é um veículo dos veiculadores de sonhos;
84.Que o telescópio é a objetiva de fotografar o espaço com os olhos;
85.Que observar as estrelas é entreter-se com luzes de sóis distantes;
86.Que a luz da lua só é boa para namorar mesmo;
87.Que admirar seu colega é acreditar numa convivência entre diferentes visões de mundo;
88.Aprendi que fotografar em movimento é movimentar-se parado;
89.Que o obturador fechado parcialmente faz nascer à alma dum motivo;
90.E que almas também aparecem nas fotos;
91.Que o por do sol fica bonito com pássaros, tanto quanto o seu nascer;
92.Que todos os fotógrafos devem conhecer o Brasil, até mesmo os brasileiros;
93.Que fazer fotografia é como fazer amor, agente tenta de muitas formas até encontrar o prazer prolongado;
94.Que a melhor fotografia é uma busca eterna, e nós vivemos menos de um século;
95.Que todos os dias depois dum “tour” receber e fazer uma massagem na companheira sempre faz bem;
96.Que nos fins de semana fotógrafos têm de andar juntos, e durante a semana no mínimo se telefonarem;
97.Que a fotografia faz agente querer mudar de nome, de cidade, de mundo e acabamos mudando de tempo;
98.Que o mundo é um pixel congelado do universo, e que nós dele nem um pixel somos;
99.Que a luz é a caneta do fotógrafo desenhar suas telas e os seus olhos são sensores de eternizar emoções;
100.Aprendi que minhas fotos são próximas dum pensamento, e que o faço a todo o tempo por amar.

Espero que gostem e construam as suas listas também!

Abraços do Tagore!

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domingo, 4 de julho de 2010

Ensaio Fotográfico - Silvia Freitas – Vaqueira do Sertão / Photo Essay - Silvia Freitas - Cowgirl






Silvia Laís Damasceno Freitas é uma jovem mulher do Sertão brasileiro. Ela gosta de vaquejadas e atualmente trabalha na Secretaria de Saúde do município de Uauá como Técnica em Enfermagem. Ela me falou da sua admiração pelos vaqueiros nordestinos, me contou da sua vontade de andar entre eles. Numa conversa final de julho do corrente ano acordamos um ensaio com tema “Vaqueira”... ‘a primeira vaqueira mulher’ brincou ela. Na verdade fizemos fotografias na fazenda do seu finado avô. Um lugar interessantíssimo, lá ela e o seu namorado me contaram algumas coisas sobre a fazenda e sobre a sua comunidade. Aproveitei para além de fotografá-la capturar o espírito do ambiente, flores, árvores e um belo por de sol. Fomos fazer um ensaio e ganhei de presente dezenas de boas fotos do Sertão!

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